sexta-feira, julho 28, 2006

Sued


“Sued”

Foi a 24 de Abril de 1786 que Frederico Eleutério Carrilho nasceu pela primeira vez. Os seus quase cento e cinquenta gramas distribuídos em ovais e homogéneos 4cm2 deixaram felizes e menos ansiosos os seus pais.

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Maria Velasques Carrilho teria aproximadamente sessenta anos e foi com um inexperiente nervosismo que recebeu, há 16 dias atrás, a notícia da sua primeira gravidez. Aliás, a sonolência e a polifagia foram de facto os primeiros a alertá-la para a eventualidade de vir a ser mãe.

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Carlos Mariano Eleutério teria aproximadamente quarenta anos, e como tal foi com maior tranquilidade que recebeu a confirmação da notícia pelo Dr. Frederico Branco e Castro. Às suas maiores experiência de vida e frescura física Carlos juntava ainda a sabedoria de quem já ajudara e acompanhara dois filhos nascidos da sua relação anterior.

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Foi há aproximadamente cinco anos atrás que Carlos e Maria se conheceram nas sessões de esclarecimento.

Carlos, produtor de cinema, frequentava agora as mesas redondas e os debates sobre novas tecnologias da imagem, exactamente as mesmas que Maria, que, mais nova, tinha por ambição trabalhar directamente no desenvolvimento da televisão interactiva.

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Três meses depois, no jardim, ela pediu-o em casamento. Ele, marcado já pelas cicatrizes de uma relação dolorosa, não hesitou: Casaram.

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Foi a 20 de Dezembro de 1786 que Frederico Eleutério Carrilho nasceu pela segunda vez. E foi com infantil felicidade que os seus pais o foram esperar ao H.I.C.

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Na sala de espera do Hospital Incubador Central estavam de pétalas ao regaço, talvez umas dez famílias, em número difícil de ser confirmado pela previsível confusão entre irmãos e pais.

Carlos, de cabelo já a cobrir-lhe significativamente os frontais e um pouco escurecido, trazia os seus calções de golf preferidos, o seu polo amarelo citrino e os seus sapatos de bowling mais que coçados.

Maria, ainda na força da brancura que lhe pintava o longo cabelo, trazia o seu vestido comprido, castanho com florzinhas brancas – dir-se-iam azáleas, dir-se-iam malmequeres, dir-se-ão florzinhas brancas – e nos pés as suas sandálias novas, compradas nas últimas férias na praia.

A ansiedade fugira-lhes do rosto precocemente durante estes oito meses. O primeiro batalhão de análises e os devidos exames imagiológicos revelaram-lhes a única coisa que queriam ouvir: Frederico era viável. E oito eram os meses para pensar a sua chegada, 240 os doces dias para planearem as primeiras horas, 5760 as horas restantes para aproveitar a vida de jovem casal sem filhos.

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Tal como tinha sido previsto, pontualmente às 9h.45m Frederico Eleutério Carrilho foi despertado para a vida. Suavemente as suas pálpebras afastaram-se descobrindo o branco dos seus dois olhos pequenos e incrédulos; primeiro lestos, depois fixos – na enfermeira – na sua cara – nos seus olhos – no infinito.

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Depois, só depois, a boca:

“ – Ahhggahhiiahh” – balbuciou admirando-se ao perceber que o ar que lhe saía da boca, junto aos ouvidos, provocava-lhe uma perceptível vibração – o som!

Depois, finalmente, tomou consciência do seu pensamento, e confortado pelo terno sorriso da enfermeira, conseguiu dominar a sua voz, e perguntar:

“ – Onde estou?”

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Impetuosamente e sem conseguir deter uma furtiva lágrima Carlos correu para ele quando sentiu passos no corredor. Com as mãos cheias de pétalas de Magnólia arrancadas à pressa ao regaço de Maria, chegou perto dele. Descoordenado, descontrolado, sem conseguir calar a emoção que lhe fazia tremer as pernas, abraçou-o com força. Passou-lhe as Magnólias pelo nariz e deu-lhas nas mãos.

“ Sou eu Frederico, o teu pai, e aquela que não se consegue aproximar e está no fundo do corredor é a mamã.”

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Maria, toldada pela emoção, quase cambaleava na outra extremidade do estreito corredor. Os olhos marejados só percebiam duas silhuetas, primeiro de mãos nas mãos, depois de braços nos braços.

Deixou-se estar porque sabia que eles se aproximariam. Deixou-se estar preferindo acalmar-se e pôr-se bonita para Frederico.

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A cerca de vinte metros (que eram os que separavam Maria de seu filho) ele tinha o brilho e a beleza triunfante comum aos recém-nascidos. Talvez 1,65m, mas com uma curvatura dorsal que deixava antever o quão alto seria enquanto adulto. O seu cabelo, muito escasso e naturalmente de maior implantação à periferia, era branquíssimo, de tal forma que brilhava, resplandecente. O resto, os pormenores, esses não se revelavam ainda a esta distância. Não a uns olhos tão congestionados como os de Maria.

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A distância encurtou-se de tal forma que cerca de cinco minutos depois já a família caminhava sob o fresco sol de Dezembro, atravessando o jardim e buscando a casa. A emoção mantida transformara-se em boa disposição, sobretudo quando Maria, como mãe inexperiente, se esquecia das leis mais básicas da vida e da hereditariedade neonatal, e, no entusiasmo da conversa deixava Frederico perplexo com conceitos como “casa”, “televisão”, “jantar” ou “comemorar”:

- Então, meu lindo, vamos para casa jantar qualquer coisa, depois pegamos no carro e vamos a um bar com alguns amigos para comemorar.

Frederico atónito, olhava espantado, com as pálpebras expondo ao máximo o interior das suas órbitas.

Então Carlos, depois de conter o riso lá dizia:

- Amorzinho, não vez que o menino acabou de nascer? Não te esqueças que por enquanto a capacidade verbal dele se limita ao mais simples, ao estritamente ligado à sua esfera individual. Isso que lhe disseste soou-lhe provavelmente a estrangeiro, ou pior, deve tê-lo preocupado a tua sanidade mental. Tenta assim, - e dirigindo-se a Frederico:

- Filho, andamos até um sítio que é nosso, que te daremos a conhecer e se chama casa, aí comemos qualquer coisa e depois vamos mostrar-te lugares bonitos aqui perto.

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Três luas cheias depois já Frederico conseguia perceber perfeitamente todo o encanto que os seus pais sentiam a olhar o céu. Já sabia que a bola grande iluminada era a Lua e que as pequenas que só apareciam a adivinhar dias quentes se chamavam estrelas. Já entendera agora que não era a mesma Lua que aquecia e azulava esses dias quentes, mas sim uma outra. O que ainda não conseguia lembrar-se sempre é que essa outra lua tinha outro nome. Como é que era mesmo? Pois, era isso, o Sol.

O que mais gostava ao ver as estrelas e ao adivinhar o Sol das horas seguintes era prever a animação que isso traria ás pessoas lá de casa. O papá de calções e a mamã com o vestidinho às flores. Exactamente como no dia do despertar. A ele, na verdade incomodava-o um bocado o calor. As suas pernas magras não lhe permitiam correr atrás do pai, e a sua bengala castanha não era suficientemente rápida a encontrar-lhe as sombras. Além do mais a chegada dessa segunda lua quente roubava-lhe a luz da lua da noite, e com ela as estrelas. Agora que os seus olhos conseguiam trazer mais e mais pormenores ás coisas a redescoberta delas era um dos seus maiores prazeres. Ao contrário da maioria Frederico era da noite. Da noite e da chuva, quando para sair de casa levava duas companheiras bengalas. A do chão e na mão esquerda aquela que abria em flor. Como é que ela se chama? Pois. É isso, o guarda-chuva.

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Os dias separavam as noites. A pele de Frederico todos os dias mais esticada. A face do pai cada vez menos áspera de beijar. O cabelo da mãe todas as manhãs mais dourado. Todos todos os dias mais bonitos.

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- “Mamã, quando tu e o papá saem de manhã onde é que vão? Vão ter com os vossos papás? Gostava de ir um dia.

- Carlos, querido, chega aqui num instante para falarmos com o menino.”

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- “Então é assim miúdo, quando nós saímos de manhã – começou um deles – o que vamos fazer é estudar e trabalhar, que é a forma que temos de estar activos. Temos os nossos projectos e vamos de manhã procurar aproximar-nos do que queremos fazer. Também é dessa forma que conseguimos ter todas as coisas que vês e ás quais chamas nossas.

- Estávamos à espera que a tua curiosidade e a companhia dos nossos vizinhos te depertasse a curiosidade em relação ao resto da nossa família – continuou o outro - . Queríamos mesmo que fosses tu a quereres conhecê-los para desde essa altura a união entre vocês ficar mais forte. Ao que parece essa altura chegou e para nós, como para eles e como para ti isso constitui uma grande felicidade.

- Eu não estou com os meus pais à muito tempo, talvez mesmo umas 120 noites – disse Carlos - . Eles estão com o meu irmão que é teu tio, e os filhos deles, que são teus primos. Já nasceram há noites incontáveis, mais que os pais da mamã. São os teus avós.

- O que é que achas de organizarmos um jantar daqui a umas luas para conheceres o resto da tua família? – perguntou Maria.

- Podem ser duas luas, uma quente e uma fria? – retorquiu Frederico.

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Na lua cheia seguinte, ainda a lua quente não ameaçava esconder-se já Frederico voltava do jardim para casa mal pousando o pé da bengala no chão. Tomou banho e esticou certinhos os seus raros fios de cabelo. Já vestido sentou-se e deitou-se na cama inquieto e mandando o tal Sol embora.

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O laranja da despedida da longa lua quente (sem dúvida a face mais bonita da sua visibilidade) tirou-o do quarto.

Primeiro chegaram os pais, recebidos com uma rapidez e indiferença que os fez sorrir.

Frederico continuava a repetir mecânica e rapidamente:

“Avó Paula, Avô Pedro, Avó Cláudia, Avô Miguel, Tio José, Tia Sónia, Tio Vítor, Tia Joana, Tio Nuno, Tia Helena, Tio Paulo, Primos José, Manuel e Sandro e Prima Catarina.

Avó Paula, Avô Pedro, Avó Cláudia, Avô Miguel, Tio José, Tia Sónia, Tio Vítor, Tia Joana, Tio Nuno, Tia Helena, Tio Paulo, Primos José, Manuel e Sandro e Prima Catarina.

Avó Paula, Avô Pedro, Avó Cláudia, Avô Miguel, Tio José, Tia Sónia, Tio Vítor, Tia Joana, Tio Nuno, Tia Helena, Tio Paulo, Primos José, Manuel e Sandro e Prima Catarina.”

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Primeiro chegou a família de Carlos, o tio com o avô ao colo, a tia com a avó e os três primos, já com o cabelo a escurecer e sem usarem a bengala a compor a marcha.

Frederico comoveu-se muito. Agarrou nervoso os Avós, dos seus lábios beijos, dos deles sorrisos. Eram dois avós que já não conseguiam falar e que já encerravam em si grande grau de ingenuidade e pureza. Assustou-se quando lhes pegou até lhe explicarem o que eram fraldas.

Chegou depois a família de Maria. Os dois irmãos e a prima Catarina. À frente saídos a correr do carro, os outros Avós, alegres, já com alguns dentitos a menos, não pararam de brincar com o neto, saltando-lhe um e outro para cima o que inevitavelmente lhe magoava as débeis pernas.

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O Jantar foi animado, com Frederico ávido e a tentar compreender muito do que lhe era inacessível.

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No jardim e iluminados parcialmente pela luz da lua boa os cinco primos reuniram-se deixando o resto da família em alegre cavaqueira saudosista, saboreando aqueles líquidos amarelos azuis e verdes que Frederico continuava a achar horríveis. Toda a família excepto os avós, já nos braços de um sono profundo.

A intimidade daquela reunião depressa foi conseguida dada a tranquilidade e a alegria que todos experimentavam. À socapa Manuel lá consumia uma daquelas coisas fumegantes que os papás tinham por hábito pôr à boca depois das refeições. Com os olhos rubros pelo fumo que cada aspiração lhe levava aos olhos Manuel começou enigmaticamente a rir às gargalhadas.

- Então pá, ouvi dizer que ainda é a tua mãe quem te segura a pilinha para ires à casa de banho?

- E porque é que não havia de ser? – respondeu ingénuo e surpreendido Frederico.

A gargalhada geral foi inevitável, apenas não extensível ao espantado anfitrião e á corada Catarina. Manuel, percebendo o rubor da prima cedo abandonou a conversa.

Ficaram por uns momentos a olhar as estrelas cada um tentando arranjar uma conversa que não durava mais de duas frases. Frederico bebia todos os pormenores de um convívio até aqui inusitado para ele. Sentia-se um príncipe em dia de aniversário e aos primos notava a delicadeza de reis que ali estavam para o fazer feliz. Era o seu dia e nada o poderia fazer estar menos que eufórico.

Sandro, o mais crescido deles todos, levantando-se e dirigindo-se ao salgueiro do jardim encheu o peito de ar e sobranceiro e gesticulante murmurou a meia voz:

- Vocês já ouviram falar de universos paralelos?

O silêncio de todos mostrou-lhe respostas completamente diferentes. Os olhos de Frederico mostravam uma curiosidade infantil indesmentível, completamente contrastante com a compenetração dos outros três, em todos reveladora de pouca vontade de aprofundar o assunto.

- Tretas – tentou ainda José, mas em vão, porque Sandro já não o ouviu.

- Sabes Frederico, diz-se por aí e faz todo o sentido, que não estamos sozinhos no universo. Que como aquelas luas e estrelas que tu vês existem milhões de outras. Isto não é nada, mas há quem diga que algures nesse céu aberto que os nossos olhos não atingem existe vida, semelhante à nossa mas com diferenças bastante perversas. Diz-se que num desses astros existe uma espécie em tudo igual à nossa mas com o ciclo de vida invertido – é o nosso universo paralelo.

Diz-se que eles nascem parecidos aos nossos avós agora e depois vão crescendo no sentido inverso ao nosso, acabando os seus dias em formas muito semelhante à nossa de agora. Nascem com a pele imaculada e vêem-na a deteriorar-se progressivamente. Nascem com o cabelo escuro e vêem-no enfraquecer e descolorar com os dias. Ao contrário de nós que somos cada dia mais bonitos eles vão enfraquecendo e definhando, com a agravante que a sua consciência mantêm-se quase invariavelmente até à altura da própria morte. Vivem a inconsciência da infância no princípio da vida, onde pouco útil lhes é e não lhes permite, como a nós, esquecer o estigma da morte. Na sua vida acabam por carregar a ideia que vão acumulando pecados, vivendo muitos deles ancorados à ideia de em vida se redimirem deles, esperando que algum louvor lhes seja concedido depois. A sua decadência física prostra-se-lhes perante os olhos, implacável e inexoravelmente. Como se isso não bastasse ainda contam o tempo, em várias unidades estranhas de forma a que sabem os dias exactos que cada um deles já viveu, e fazendo estimativas para quantos lhes restam viver. Bem afortunados aqueles que morrem inconscientes, digo-vos eu, ou o grupo mais restrito daqueles que consegue nesta espiral crescente de consciência e degradação, realizar em vida todos os seus sonhos e projectos. Contam também que alguns não aguentam a pressão. MATAM-SE, ou como eles lá dizem: suicidam-se, um acto que os outros classificam de covarde. Os filhos assistem à decadência dos pais lenta mas inevitável, e pior, as sociedades deste universo acabam por desconsiderar estes ditos mais velhos por estes não conseguirem manter um nível de trabalho físico que considerem aceitável.

Diz-se por cá que aquilo é obra de uma entidade tresloucada qualquer vingativa e cruel para com a sua criação. Eu não acho. Acho que provavelmente há um Sued pai e professor de todos os Sueds e que enviou para aquele recanto do universo (e só pode ter sido por engano) o pior dos seus alunos...

- Chega! Chega, gritou colérico Frederico. Não precisava nada de ouvir essas histórias mentirosas. Não me enganas. Como é que alguém pode saber essas coisas.

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Todos se despediram alegres e algo embriagados, reservando os melhores ditos para o mais recente membro da família.

Frederico passou a noite em branco.

Fábio H.L. Martins, Abril de 2001

7 comentários:

Anónimo disse...

O teu texto iluminou a minha manhã conturbada...
Não me canso de dizer e de pensar...és genial.

Fábio disse...

Obrigado anocas... que dizer... obrigado. Este foi o meu primeiro conto de todos..E, em boa verdade, quase o único..
Beijinhos.
Bom fim de semana

Anónimo disse...

perfeito, com toda a exigência de que sou capaz...

Anónimo disse...

e, confesso, com todo o amor.

Fábio disse...

tão bom ouvi-lo de ti.. Não importa a exxigência ou a distância... é só bom

Anónimo disse...

A Lua que me azula as noites és tu, e as pequenas que só aparecem a adivinhar dias quentes são os teus contos.
Para mim, é uma das tuas grandes estórias, merecedora de tanto, que qual universo paralelo para a complectar....Adoro-a e tu sabes, adoro-te e eu sei.....beijos do mano....

margarida disse...

Um bonito e comovente conto. Parabéns.